Kayapó Mebêngôkré

“Estão dizendo que sou mãe da natureza. Nasci no mato. Eu cuido da minha floresta, lá tem comida boa, tem fruto, tem caça, tem açaí, castanha que a gente come. Vocês também comem, então para que vai destruir? Isso que faz a gente viver bem, vai fazer os nossos netos viverem bem também”,
Tuíre Kayapó

Mebêngôkré - “o povo da morada das águas” - é como os indígenas desta etnia se autodenominam, apesar de serem mais conhecidos no universo não indígena como Kayapó, nome dado por povos da língua Tupi no passado. 

O centro de suas aldeias tradicionalmente circulares é o centro de todo o universo cosmológico deste povo. Nele fica a Casa dos Guerreiros, que simboliza a origem de sua complexa organização social e ritual. Em volta são construídas as casas das famílias, comandadas pelas mulheres, onde realizam atividades cotidianas e cerimoniais. 

As Terras Indígenas Kayapó Mebêngôkré representam um dos maiores trechos contínuos de floresta tropical do mundo, com preciosa biodiversidade, e estão no meio do chamado “Arco do Desmatamento”, região marcada por forte desmatamento e conflitos por terra. Um território constantemente ameaçado e invadido por fazendeiros, madeireiras, hidrelétricas, garimpo e exploração de minérios. 

Organizados em associações - Floresta Protegida, Instituto Kabu e Instituto Raoni são as principais - atualmente os indígenas articulam e executam inúmeros projetos para proteção da biodiversidade e monitoramento territorial e ambiental, além da geração de renda por meio de cadeias produtivas sustentáveis, como, por exemplo, artesanato, castanha, cumaru e cacau. 

Conheça as casas da Aldeia Multiétnica

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Um projeto da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge.

Aldeia Multiétnica