“Todos temos uma essência divina, nosso coração é um pedacinho do pai Sol. Assim os Guarani aprendem a lidar com a vida. Cada passo, cada dia é um ensinamento, por isso temos que agradecer sempre, apesar de tudo o que acontece. Tudo o que fazemos é sagrado. Rezamos antes de cada atividade para que tudo corra bem”
Karai Okenda
No Brasil, o povo Guarani se divide em três subgrupos: Ñandeva, Kaiowá e Mbyá. Os Guarani Mbyá se autodenominam Ñandeva ekuéry – “todos os que somos nós”. Mesmo com semelhanças, cada subgrupo Guarani se diferencia e se destaca por costumes, organização política e social, rituais e expressões linguísticas.
Tekoá, na língua Guarani, pode ser traduzido em português como “aldeia”. Para os indígenas, têm o significado de “o lugar onde podemos ser o que somos”.
O tekoá reúne condições geográficas e ecológicas compatíveis ao modo de ser e viver tradicional Guarani Mbyá. Entre elas, floresta preservada, água boa, terra produtiva para as roças e privacidade para um bom espaço de moradia e realização de seus costumes e práticas espirituais.
Os Guarani Mbyá seguem em busca da yvy marãeý, conhecida como “a terra sem mal”. Na mitologia deste povo, ela é a terra prometida, o paraíso.