Notícias

Para Mirim e o cuidar das pessoas da Aldeia

16//07/2022 | Por Magali Colonetti | Foto: Thiago Daher

"É minha segunda vez aqui. Estou feliz e muito agradecida".

Para Mirim estava na frente da casa Guarani e arrumava os produtos que trouxe para vender aos visitantes. São cestos e esculturas, essas últimas feitas pelo filho dela. Já os cestos ela faz desde os oito anos. Também é de pequena que ela tem um sonho:

- Quero ser enfermeira para poder cuidar das crianças e idosos. Mas agora sou professora. Vou terminar a pedagogia e depois estudar enfermagem.

Ela está no começo do curso e no dia 26 faz sua estreia como professora de português, inglês e arte. Vai dar aula aos adultos na Educação para Jovens e Adultos, o EJA da aldeia em que vive, a Rio Silveira, no litoral norte de São Paulo.  

- E tens mais algum sonho?

- Gostaria que fosse como era antes, de viver mais na aldeia e menos na cidade. As crianças gostavam de cantar, mas agora está tudo diferente. As crianças não gostam mais. Hoje é muito celular, TV e isso estraga nossas crianças. 

- E Para Mirim, o que significa seu nome? 

- É mar grande.

· ·

Um projeto da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge.

Aldeia Multiétnica